sexta-feira, 10 de junho de 2011

Rosa - Pixinguinha



Tu és, divina e graciosa



Estátua majestosa do amor



Por Deus esculturada



E formada com ardor



Da alma da mais linda flor



De mais ativo olor



Que na vida é preferida pelo beija-flor



Se Deus me fora tão clemente



Aqui nesse ambiente de luz



Formada numa tela deslumbrante e bela



Teu coração junto ao meu lanceado



Pregado e crucificado sobre a rósea cruz



Do arfante peito seu






Tu és a forma ideal



Estátua magistral oh alma perenal



Do meu primeiro amor, sublime amor



Tu és de Deus a soberana flor



Tu és de Deus a criação



Que em todo coração sepultas um amor



O riso, a fé, a dor



Em sândalos olentes cheios de sabor



Em vozes tão dolentes como um sonho em flor



És láctea estrela



És mãe da realeza



És tudo enfim que tem de belo



Em todo resplendor da santa natureza






Perdão, se ouso confessar-te



Eu hei de sempre amar-te



Oh flor meu peito não resiste



Oh meu Deus o quanto é triste



A incerteza de um amor



Que mais me faz penar em esperar



Em conduzir-te um dia



Ao pé do altar



Jurar, aos pés do onipotente



Em preces comoventes de dor



E receber a unção da tua gratidão



Depois de remir meus desejos



Em nuvens de beijos



Hei de envolver-te até meu padecer



De todo fenecer

Nenhum comentário: